16º dia - Floripa - RJ

Hoje acordamos cedo.
Partimos as 06:45hs.
Eu sem o farol dianteiro andava atrás do Mario e do Nelinho.
O Luciano ia atrás de mim.
Passavamos nas policias federais em grupo, juntos.
Deu tudo certo.
Chegamos ao RJ com tranquilidade.
Uma tocada forte, 1.250km diretos.
Entre ontem e hoje 2.560km.
Chegamos na porta da Autokraft para as fotos finais as 18:40hs.
Pegamos muita chuva hoje, o que reduziu nossa tocada.
Estamos todos cansados.

O Luciano com suas comprinhas da Santa Efigenia...

Luvas com forro que atrapalha. O que ele fez? Arrancou o forro!

Resultado? Nas fotos.
Esta semana vamos nos reunir para escrever uma mensagem de encerramento do blog.
Acompanhem as cenas finais.
Ainda tem mais....

15º dia - Punta - Floripa

Hoje acordamos as 06hs.
Saimos as 07hs pontualmente, porque não havia café.
O café só começa as 08.
Partimos combinados de tomar o café na primeira parada em Chuy.
São 218km até a fronteira.
Eu sai puxando a frente.
Eu já conheço bem essa estrada, é a minha terceira vinda a Punta por ela.
Eu ia puxando uns 170 km/h e faltando uns 43km para a fronteira com o Brasil vi um vulto vindo em minha direção pela esquerda num mergulho.
Um pássaro.
Levantei o braço esquerdo esperando me defender da pancada, era a única coisa a fazer naquela velocidade.
Praááááááááá...........
Pancou de frente com a moto.
Ele, no mergulho, desceu e acertou o farol da moto.
Entrou com tudo na estrutura do farol.
O vidro explodiu.
Voou vidro por cima da carenagem e pra todos os lados.
O Nelinho que vinha atrás de mim levou uma chuva dele.
Parei aos poucos para não freiar bruscamente.
Eu estava intacto.
A moto foi bastante impactada pela pancada.
Além do farol a frente ficou desalinhada, em função do empurrão para trás.
Aquela ave enfiada na frente da moto estava até engraçada.
Se pegasse no meu capacete poderia ter me derrubado...
Era grande.
Uns 2 kilos.
O Nelinho disse ser uma perdiz.
Como eu nunca vi uma com penas antes não sei dizer.
Tiramos fotos e partimos.
Desse momento em diante não posso mais puxar o trem.
Sem farol não posso estar a frente do grupo.
Passei pra trás do Nelinho e partimos.
Passamos incolumes por diversos postos policiais, inclusive pelas fronteiras.
Ninguem lá para nos parar.
Quando chegamos a Santa Catarina a BR-101 ainda em obras nos obrigou a andar em fila atrás de caminhões.
O Nelinho passou por fora da faixa amarela e um policial pulou na minha frente e me mandou parar.
Parou porque o farol estava quebrado.
Mostrei as fotos da perdiz e contei a historia.
Ele nos multou por ultrapassagem em local proibido e nos liberou para seguir viagem a Floripa.
Chegamos a Floripa as 19:45hs.
Anoitecia.
Entramos em um hotel simples e comemos pizza numa pizzaria em frente ao hotel e partimos para dormir.
Amanhã são mais 1250 km.

14º dia - Dia livre em Punta

Hoje acordamos mais tarde.
Ontem chegamos do Cassino eram mais de 2 da manhã.
O Mario dobrou a graninha ele e eu a minha!
O Nelinho saiu no preju e o Luciano ficou só estudando. Disse que hoje tentava a sorte. Vamos ver.
Nos demos a manhã de folga.
Nos encontramos no café e escrevemos os blogs de ontem e anteontem.
Todos trabalhamos um pouquinho.
Depois do café com blog partimos para conhecer a cidade.
O Mario caiu de tapa numa loja da Tommy.
A loja é enorme e ele e o Luciano se perderam por dentro da loja horas a fio.
Eu e o Nelinho saimos e fomos a um bar.
Comemos uns jamons e uns frutos do mar com vinho!
Eles demoraram tanto nas lojas que quando fomos ao hotel eles estavam no quarto deixando as comprinhas.
Eu e o Nelinho, que já conheciamos Punta, resolvemos tirar um soninho e recarregar as baterias.
O Luciano e o Mario pegaram as motos foram dar uma volta de reconhecimento pela cidade.
Voltaram as 19hs.
Resolvemos sair para um restaurante e jantar.
Nos arrumamos e saimos de taxi para o El Palanque.
Estava fechado.
Os restaurantes aqui, como no restante da América do Sul por onde passamos, fecham para almoço. Impressionante isso. Fecham para a siesta, ou seja, atendem de 12hs as 16hs. Fecham e voltam a abrir as 21hs até as 2 hs da manhã.
Com o restautante fechado e sem previsão de encontrarmos um aberto partimos para o Conrad.
Lá os restaurantes não fecham.
Jantamos num restaurante com pratos ótimos dentro do Conrad e partimos para o Cassino.
Ganhei!
Hoje foi o meu dia.
Dobrei de novo a graninha de ontem!
Saimos do Cassino as 01:30hs da manhã para dormir.
Amanhã partimos as 07hs.

13º dia - Buenos Aires - Colonia - Punta

Hoje acordamos e saimos para o Buquebus para pegar o barco para o Uruguay.
O Buquebus fica no Puerto Madero que é ao lado do hotel onde estavamos.
Ficamos no Tripp Buenos Aires. Fica no centro.
Dali ao Buquebus foram 5 minutos.
Entramos e deixamos as motos e fomos ao check-in.
No check-in a mulher já engasgou com a carteira de identidade do Luciano, mas deixou passar.
Na verdade ela sentiu que nao havia uma foto colada na carteira, ou seja, que era uma impressao.
Falou com o supervisor e ele deixou entrar.
Subimos para a aduana e chegando lá o primeiro na fila era o Nelinho.
De cara ele engasgou. A mulher queria um carimbo no papel de entrada que todos nós tinhamos e ele não.
Não sei porque não o dele nao foi carimbado na confusão em Portillo na entrada pelo Chile.
A mulher mandou ele encostar ao lado e passamos um a um por ela.
Na vez do Luciano ele acabou no guiche ao lado. E engasgou também.
Eu que já tinha passado voltei.
O gaurda reclamou: não pode voltar!
Eu falei: ele não entende espanhol, deixe-me ajudá-lo.
A mulher me explicou que ela poderia até deixá-lo passar, mas que ele não voltaria pois na entrada não vai entrar.
Eu disse pra ela: ele não vai voltar.
Dai ela falou: se não vai voltar então vou deixar ele passar, mas fique sabendo com essa carteira ele sai, mas não entra, ok?
O Luciano se safou.
Agora o Nelinho.
Esperamos a mulher voltar.
Ela demorou e voltou dizendo que ele não tinha o carimbo e que isso era um problema.
Eu falei para ela que estavamos viajando todos juntos e que todos tinhamos o tal carimbo.
Ela olhou os papeis e levou lá pra dentro.
Voltou dizendo: podem ir. E liberou ele.
Descemos para pegar as motos e entramos no barco.
O barco parece um avião, confortãvel e com um free shop dentro.
Enorme, cabem 100 carros no interior da garagem.
Tem 3 andares pra cima.
Levamos 3 horas e meia no barco até Colonia del Sacramento.
O Mario dormindo no chão do barco.
Chegamos em Colonia e nem paramos, pegamos a estrada direto.
350km de Colonia a Punta.
Passamos por dentro de Montevideo pois o GPS nos levou para lá.
O Nelinho depois disse que dava pra ir por fora, mas o Garmin manda entrar.
Atrasou nossa viagem em uns 30 minutos.
Chegamos em Punta as 16hs.
Check-in de novo e partimos para a rua.
Fomos almoçar em La Barra num japones: ninguem aguenta mais comer parrilla.
Dali demos uma volta por La Barra para conhecer o pedaço e o Mario se enfiou numa loja da Ralph Lauren. Comprou uma sacola de coisas.
De cara o Nelinho perguntou: portugues, onde tu vai enfiar essa porra???
Dali partimos para o CONRAD.
Entramos e partimos direto para a roleta.
Olha daqui, olha dali.
Nelinho numa e eu na outra.
Comecei com meus "dolinhas" pra perder que sempre faço: jogo US$ 100,00 a fundo perdido.
Acabou vou pra caminha.
O Mario se empolgou e partiu pra jogar uns US$ 100,00. Perdeu. Ficou reclamando pelos cantos.
E disse: vou jogar mais US$ 100,00 e vou recuperar meu dinheirinho.
Não é que deu certo?
Ele ontem voltou pro hotel com 4 fichas de US$ 100,00.
O Nelinho chegou a estar com US$ 600,00 de lucro. Acho que hoje quebrava a banca.
Chegou no hotel com um preju de US$ 300,00.
Eu consegui me segurar e estou com uma ficha de US$ 500,00 (rosinha - linda!).
O Luciano é que ainda resistiu.
Vamos ver se ele sobrevive ao dia de amanhã.
Jantamos no hotel num rodizio de comida espanhola, comemos muita paella.

Vamos ao Cassino.

12º dia - Mendoza - Buenos Aires

Hoje acordamos cedo e nos encontramos para o café no lobby do hotel.
Partimos com as galinhas pois o caminho é longo: 1087km até a Capital.
A paissagem muda bastante.
Saimos do arido dos Andes para uma vegetação normal de interior, plantações, soja, milho e fazendas de gado se misturavam na paissagem.
Algumas vezes uns alagados refrescavam a paissagem.
A estrada é boa, plana com muitas retas.
Andamos forte hoje: 160-180 de média com máximas de 208km/h no GPS.
Como diz o Nelinho:

Riscamos o solo arido do Deserto de Atacama com os pneus de nossas motos para nos banharmos nas aguas frias do Pacifico em Antofagasta, limpando a poeira do Deserto para de volta aos Andes traçarmos o caminho de volta para casa.

Poético.
Nisso, quase no fim do dia, por volta as 17 hs, quase chegando em Buenos Aires, fomos parados pela policia argentina. Gendarmeria.
De cara o guarda foi abusado e inventou uma infração de que não existia: voces passaram por cima da linha continua.
Nao tinhamos passado.
Na verdade um caminhão que ia a nossa frente foi encostando ao se aproximar da policia e deixou a faixa de rolamento livre e passamos por ele, mas dentro da nossa faixa.
O guarda apertou e disse que nao queria saber que ia multar e que teriamos que ficar para comparecer a corte.
O Nelinho se irritou. Esse cara é safado!! Ele disse.
O Luciano partiu pro deixa-disso e já mandou nos peitos do cara: não dá pra resolver de outra forma?
Pagamos a multa pra você e você nos libera, pois estamos com pressa. Qual o valor da multa?
Eu te dou agora!
O guarda sorriu e fechou a janela da salinha em que tinha nos enfiado, os 5 ali dentro, nós 4 e o guarda e ele ainda fecha a janela. Fediamos. A salinha empestiada... e o guarda sorrindo: são PS$ 100,00 por moto.
O Luciano: aceita dolar? Te dou US$ 100,00, são PS$ 380,00 paga?
O guarda: Claro. Resolvido.
Saimos da salinha rindo... O Nelinho puto! Não ri não que vão prender a gente.
Montamos nas motos e partimos.
Chegamos em Buenos Aires as 18:30hs.
Depois do check-in saimos para jantar em Puerto Madero no Espaço Campo, ou algo assim.
Pra variar comemos parrilla com vinho.
De volta ao hotel cansados do dia longo sobre as motos apagamos na cama.

11 dia - Dia Livre em Mendoza

Hoje acordamos e fomos pro café com blog.
Passamos a manhã inteira escrevendo os blogs e acertando as contas, estamos com contas cruzadas uns com os outros por conta do cambio de dinheiro.
Quem ainda tem dinheiro do pais em que estamos vai pagando para nao acabarmos saindo do pais com dinheiro que nao serve no proximo pais.
Assim as contas acumulam de uns pros outros.
Acertamos as contas e saimos.
Eu e o Nelinho fomos tentar arranjar um caixa automatico para eu tirar dinheiro.
Nao conseguimos.
Tudo fechado, inclusive o caixa automatico.
Nao entendi. O caixa automatico nao almoça! Mas estava fechado.
Partimos de volta pro hotel e saimos pro Tour das Viniculas.
Notamos que todas as calçadas possuem uma vala que parece esgoto.
Não é esgoto: aqui não chove. A agua daqui vem toda da neve derretida dos Andes.
As valas na verdade são canais de irrigação.
A agua desce de um reservatorio onde eles acumulam a agua das neves derretidas e liberam aos poucos por essas canaletas que irrigam as arvores e chegam até as viniculas por essas canaletas.
Um funcionario da cidade controla a entrada de agua nas plantações atraves de portinholas nas entradas das plantações, deixando entrar a agua de acordo com um planejamento da cidade.
Interessante o sistema.
Visitamos as viniculas e o Luciano queria comprar duas caixas de 12 garrafas na vinicula.
O Nelinho pipocou: nos tiramos bolsas e ele quer mais! Não vai comprar porra nunhuma.
No final ele conseguiu comprar meia duzia de garrafas.
Levamos e ao parar nas oliveiras ainda comprei uns azeites.
De volta ao hotel tomamos banho e saimos para um jantar num dos melhores restaurantes da cidade: Azafran. Recomendo.
A comida estava otima. O vinho foi um Felipe Rutini safra 1999. Pagamos uma ninharia: US$ 100,00. Por um vinho desses é uma barganha!
Voltamos pro hotel para dormir cedo pois no dia seguinte iriamos fazer mais de 1000km para Buenos Aires.

10º dia - Deslocamento - Santiago - Mendoza

Hoje acordamos cedo e partimos para o café da manhã, desayuno, como chamam por aqui.
Temos duas opções, na piscina ou no terraço do 21º andar.
Desta vez fomos pro terraço.
A vista do alto é incrivel. O hotel realmente é fantastico.
O café é ótimo. Completíssimo.
Descemos e fazemos o check-out.
Pegamos as motos e vamos colocando tudo em cima.
Saimos às 08:15hs.
Quando iniciei a rolagem notei que haviam roubado meu suporte de acelerador.
Ontem eu tinha reinstalado os mapas nos GPSs que estavam dando problemas.
Deu certo.
O problema eram os mapas que estavam instalados no programa da garmim.
Reinstalar resolveu, mas tive que reinstalar tudo. O programa e os mapas.
Fomos até a loja da BMW em Santiago, o Mario queria ver como é.
A loja foi uma decepção. Muito simples e ninguem pra atender.
Subimos na lojinha e ficamos por ali olhando as coisas uns 5 minutos e não apareceu ninguem pra sequer perguntar se estavamos sendo atendidos.
Os preços não estavam tão bons para nós.
A única novidade era o capacete novo, o System 6, mas o Mario já avisou que está em processo de homologação e que logo o teremos na loja do Rio.
Saimos e fomos abastecer num posto Shell ao lado da loja. Eram 11:20hs.
Dali partimos pra estrada em direção a Mendoza, via Los Andes e Portillo.
Iniciamos a subida dos Andes.
Logo chegamos a "Los Caracoles", uma subida impressionante na costa com curvas em cotovelo em baixissima velocidade.
Paramos para uma foto e passou por nós um caminhão numa velocidade que achamos muito alta pro local... o Nelinho logo disse: desse jeito ele vai chegar lá embaixo antes de todo mundo....erra uma curva e desce sem fazer curvas.
Durante a subida haviam varios trechos em obra.
Iamos cortando por fora até o ponto da obra e esperavamos abrir para sair.
Quando iamos subindo fomos vendo a neve nos picos.
Paramos de vez em quando para fotos.
Quase chegando no alto está a estação de esqui de Portillo.
Ali iniciou mais uma retenção que pensamos ser mais uma obra.
O Nelinho acelerou pelo acostamento e fomos até o inicio da retenção.
Não era obra.
Era a fronteira.
Furamos a fila.
Reclamação geral.
Queriam que voltassemos lá para trás.
Dai o Mario olhou pra mim e disse: aquele cara ali tem jeito de ser um cara legal. Pede a ele pre entrarmas na frente.
Eu fui até lá e perguntei se ele se importava de nós entrarmos na frente dele.
Ele fez uma enquete dentro do carro: perguntou a esposa e as duas filhas. A resposta era: pode sim. Demos sorte. Furamos mesmo a fila.
O Mario foi na moto e pegou uns bonés e demos a eles.
Eles ficaram todos satisfeitos e desceram do carro, pararam a fila e fomos tirar fotos com as motos.
Fizemos a parte de fronteira achando que estavamos bem.
Dali a uns 15 km de novo outra barreira.
Podiamos ver o Aconcagua à distancia, um pico coberto de neve, com uma névoa fechada no topo ao longe.
Paramos na fila da aduana argentina.
Novamente viramos o centro das atenções.
Sujos como estamos parece que estamos vindo do Rallye Dakar e todos perguntam.
Mario diz que sim e aproveita para dar entrevistas e tirar fotos.
Ele diz que voltamos mais cedo porque um integrande da nossa equipe se acidentou e evadimos o Rallye. Fotos.... mais fotos.
Um cidadão se aproxima e diz: estou fazendo um documentario, posso fazer uma entrevista?
E tomou nossos depoimentos sobre a viagem filmou e fotografou tudo.
Estavamos com fome e sede.
O Nelinho foi comprar algo de comer e beber, pois a fila era grande.
Quando ele voltou trouxe dois sanduiches enormes e cueca-cuela.
Conhecemos na fila um argentino de La Plata que estava com uma Harley-Davidson todo paramentado com umas roupas de couro e uma bandana de couro na cabeça, viajando com os filhos pelo Chile.
A fila demorou 2 horas e 40 minutos para chegar ao guiche.
Quando chegamos a expectativa pela carteira de identidade do sem-teto.
O Nelinho foi na frente, depois o Mario, em seguida eu e por fim o sem-teto.
Passamos todos incolumes, o sem-teto está todo-todo. Se sentindo.
Agora está cheio de moral. Está totalmente documentado.
Perdemos muito tempo nessa fronteira.
Saimos dali eram 16:40hs.
Iniciamos a descida pelo lado argentino.
Passamos por várias estações de ski.
Aluguel de ski.
Não tinha nenhuma neve a vista, a não ser nos picos mais altos, muito longe de nós.
No fim da descida um posto de gasolina e paramos.
Comemos e nos hidratamos.
O Mario de volta a fama. Fotos com todos pelo posto a fora.
Dali partimos para a perna final do dia.
A estrada ficou plana e rápida.
O Mario partiu na frente com o Luciano na cola.
Aceleraram... eu e o Nelinho ficamos para trás numa ultrapassagem e os perdemos de vista.
O sem-teto está com tudo...acelerando e se divertindo.
A estrada é linda, o asfalto é perfeito, liso e bem largo.
Boas curvas de alta, com trechos de serrinha divertidos.
Chegamos a Mendoza as 19hs.
A cidade é baixa, poucos prédios altos.
Espalhada.
As ruas são largas e o piso e bom.
O hotel é um 4 estrelas: NH Cordillera.
Bem ajeitado. Tem garagem, internet e desayuno incluidos.
Subimos para um banho, o Mario e o Luciano foram a sauna dar uma relaxada e eu e o Nelinho descemos para uma copa de vinho.
Quando eles desceram fomos sair para jantar.
Nos indicaram um restaurante, pedimos um taxi e partimos.
O taxista era um jovem que fumava uma cigarro fedorento num Corsinha 4 portas todo remendado.
O cidadão dirigia como um louco, em alta velocidade e não parava em sinal algum.
O Nelinho agarrado no puta-que-pariu e dizia: vou morrer nessa porra!!! Ele não para em sinal nenhum.
E perguntou ao motorista que nem sequer lhe deu atenção: pra que servem os sinais por aqui??? tu não para mermo!!!
O Nelinho morre de medo de andar de carro e disse: eu nunca dei 160 km/h num carro. Venho pra cá e esse porra me anda assim num corsinha todo ruim pelo meio da cidade....quero descer....
Nisso o Mario grita: VAI BATER!!!!
E pulou no colo do Nelinho...
Um carinha numa moto com uma garota na garupa, sem capacetes, quase entra pela porta do Mario por dentro do taxi. Ele avançou o sinal. O Nelinho perguntou de novo: pra que servem os sinais por aqui? Ninguem para mesmo!!
O motorista do taxi não tinha visto, se o Mario não grita tinhamos levado uma porrada pela porta a dentro.
O Nelinho queria descer....gritava, vou matar esse porra!
O Luciano no deixa-disso, eu ria e o Mario segurando o Nelinho que queria enforcar o motorista, logo apelidade de "El Loco de Mendoza", e dizia: não mata ele agora não que ele vai bater de novo. Deixa ele parar.
Chegamos no restaurante e era um bom restaurante de massa. Tomamos vinho, comemos muito bem, carne com massa.
Voltamos para o hotel caminhando, pois o Nelinho disse: não entro mais em taxi nessa cidade.
Acho que andamos uma 12 quadras. Quando chegamos ao hotel eu já tinha fome de novo.
Já são quase uma da manhã e vamos dormir.
Amanhã tem mais.