Hoje começamos o dia dormindo até mais tarde para recuperar bem as energias.
Descansar.
Estavamos todos um pouco cansados de andar de moto e resolvemos ficar 36 horas sem ligar as motos.
Acordamos por volta das 9 da manhã e ficamos pelo quarto acertando cada um as suas coisas.
O Mario com o telefone, trabalhando, pra variar...ele não larga aquele telefone...
O Nelinho com seu iPhone na internet...
Eu com o laptop no MSN com o pessoal no RJ, escritorio e a Déa...
E o Luciano? O Luciano sacou toda a roupa das "malas" que sobraram depois da remessa do excesso ao Brasil e resolveu lavar e arrumar o que sobrou.
Saimos para o desayuno as 10:00hs. Acabava as 10:30hs então saimos pro lobby.
Levei o lap para escrevermos o Blog de ontem.
Ficamos até as 12hs pelo lobby, trabalhando on line, no telefone, acertando o blog e colocando a vida em dia. Estivemos 5 dias off line e pela primeira vez tinhamos um dia util parado para por a vida em dia no horario comercial. Todos trabalharam um pouco.
Saimos dali passava do meio-dia e fomos trocar de roupa para ir ao SPA.
O SPA daqui é maravilhoso, simples, meio rústico, mas tem de tudo e é tudo novo, muito bom.
Na piscina pedimos umas caipirinhas e uma tábua de frios.
Ali experimentamos um pouco de tudo, piscina, jacuzzi e sauna.
Saimos dali as 16hs e fomos descasar o esqueleto. Dormir e recuperar...marcamos as 19hs no lobby para irmos ao pueblo pra caminhar e explorar o local.
Na hora marcada estavamos todos por lá.
Pedimos um transfer pro pueblo - o hotel fica fora da cidade, todos os bons hoteis daqui ficam fora. Todo o hotel funciona em cima de um gerador proprio. A cidade não tem luz vinda de fora. É toda ela gerada aqui mesmo e quem quer boa qualidade de luz tem que gerar a sua própria a da cidade cai muito e diversas vezes fica fora por até 4 a 5 horas. Os locais mais altos no pueblo muitas vezes não tem agua. É clima desertico numa cidade no meio do deserto mesmo, mas como diz o Nelinho: o fogo aventureiro que nos queima por dentro é que nos traz pra esses lugares!
A van nos deixou na Rua Caracoles. É o buchicho do local. A rua é de pedestres (peatonal como eles chamam aqui), nao entram veiculos.
Caminhamos entrando nas lojinhas, o Mario atrás de adesivos (ele chama de adesibos no seu portunhol - na verdade são colgantes) e o Luciano atrás de uma escova pra lavar suas calças que ele teve que deixar fora do quarto estes dias, ninguem aguenta o cheiro. Ele sua muito e o cheiro do suor seca na roupa e realmente fica com um cheiro estranho...
Acho que o Mario entrou em todas as lojinhas do volarejo, de loja de bugingangas a mercearias.
Ninguem tinha o tal "adesibo" que ele queria: a bandeira do Chile ou um adesivo com "San Pedro de Atacama" pra colar nas malas.
Visitamos a pracinha central da cidadela e a igreja onde tem registros de uma missa rezada nela em 1557 para um cacique e sua tribo.
A prefeitura está de frente à igrejinha.
E assim acaba o pueblo.
O Nelinho já pede vinho. Vamos comer.
Sentamos no Adobe para jantar.
Um restaurante como todos aqui, aqui não há bares, é proibido a venda de bebidas alcoolicas sem comida. Só se pode beber se comer. Não há venda em mercearias nem mercados. Só em restaurantes, sentado comendo.
Eles foram sentar e parti para comprar uns suveniers pra levar, algo que me lembrasse daqui.
Voltei ao restaurante e pedimos comidas tipicas. Come-se muito bem aqui.
Os vinhos são muito baratos - pagamos US$ 40,00 numa garrafa de um Gran Reserva 2001 que estava muito bom - e nos aqueciamos na fogueira, aqui todos os restaurantes decentes tem uma fogueira no meio. É uma tradição. No inverno deve fazer muito frio a noite. No verão a temperatura a noite cai pra uns 15º centigrados.
No restaurante descobrimos que aqui tudo fecha a uma da manhã.
A mesma lei que proibe de vender bebida. Lei municipal. O problema é em San Pedro, não no Chile.
Então fomos informados de que haveria uma festa clandestina nos arredores da cidade. no meio do deserto, com trasfer e tudo. A policia faz vista grossa e as festas rolam toda a madrugada. Logo nos animamos a participar desse ritual local...afinal, quem não gosta de fazer algo proibido de vez em quando?
Ficamos no restaurante comendo...o local é uma atração...
Enquanto estavamos por ali entraram: uma múmia, um andarilho fazendo malabarismo com bolas de vidro que em dado momento tinha 8 bolas nas mãos e uma na cabeça.
Acho que toda a cidade passou por ali, tal a quantidade de gente que entrava e saia.
Perguntando aos atendentes descobrimos que ali era um ponto de organização das tais festas clandestinas e por isso todos vinham pra perguntar onde seria a festa de hoje.
As festas acontecem quase que diariamente. Outra tradição local.
Depois do jantar o Nelinho pediu um Te de Coca (um chá de folhas de coca) pra aquecer pra festa.
Ainda eram 21:40hs.
Já tinhamos jantado e estavamos por ali desde as 20hs.
Começavamos a ficar com sono.
Perguntamos que horas começa a festa e os transfers pra festa: uma da manhã.
Abortamos a tradição local e partimos para o hotel pra dormir.
Afinal amanhã temos um dia de 1070km e precisamos estar descançados.
Prometemos que da próxima vez que viermos vamos às festas pra contar pra vocês como são, mas desta vez vamos dormir.
Caminhamos pela Caracoles até o ponto do transfer.
Esperamos uns minutos e decidi ir caminhando.
Todos ficaram rindo de mim, mas achei a ideia ótima.
Parti sozinho... pouca luz... podia ver as estrelas como nunca vi.
A noite aqui é linda. Aqui não chove. No ultimo ano que choveu deu 3,5mm de chuva. Isso no Rio chove por minuto. Tem anos que já não chove aqui. A agua deles vem das montanhas a caminho do mar e passa por aqui.
Caminhei uns 10 minutos e lá vem os 3 na van, rindo de mim...
Eu estava num ponto da estradinha de terra, sem luz alguma, um breu de dar medo...e nem sequer estava perto do hotel.
Subi na van e fomos pro lobby.
Tomamos mais uma coca-cola antes de dormir e pedimos para nos acordar as 7 da manhã.
A partida é as 8 pra Copiapó via Antofagasta.
Precisamos sair no horário, o dia é curto pra essa viagem. Já vamos chegar em Copiapó a noitinha.
Então vou dormir. Nos falamos amanhã com mais historias para contar.
Detalhes:
1. Prestem atenção no novo visual do Mario, agora parace um mexicano!
2. Ainda não encontramos as indias.
Descansar.
Estavamos todos um pouco cansados de andar de moto e resolvemos ficar 36 horas sem ligar as motos.
Acordamos por volta das 9 da manhã e ficamos pelo quarto acertando cada um as suas coisas.
O Mario com o telefone, trabalhando, pra variar...ele não larga aquele telefone...
O Nelinho com seu iPhone na internet...
Eu com o laptop no MSN com o pessoal no RJ, escritorio e a Déa...
E o Luciano? O Luciano sacou toda a roupa das "malas" que sobraram depois da remessa do excesso ao Brasil e resolveu lavar e arrumar o que sobrou.
Saimos para o desayuno as 10:00hs. Acabava as 10:30hs então saimos pro lobby.
Levei o lap para escrevermos o Blog de ontem.
Ficamos até as 12hs pelo lobby, trabalhando on line, no telefone, acertando o blog e colocando a vida em dia. Estivemos 5 dias off line e pela primeira vez tinhamos um dia util parado para por a vida em dia no horario comercial. Todos trabalharam um pouco.
Saimos dali passava do meio-dia e fomos trocar de roupa para ir ao SPA.
O SPA daqui é maravilhoso, simples, meio rústico, mas tem de tudo e é tudo novo, muito bom.
Na piscina pedimos umas caipirinhas e uma tábua de frios.
Ali experimentamos um pouco de tudo, piscina, jacuzzi e sauna.
Saimos dali as 16hs e fomos descasar o esqueleto. Dormir e recuperar...marcamos as 19hs no lobby para irmos ao pueblo pra caminhar e explorar o local.
Na hora marcada estavamos todos por lá.
Pedimos um transfer pro pueblo - o hotel fica fora da cidade, todos os bons hoteis daqui ficam fora. Todo o hotel funciona em cima de um gerador proprio. A cidade não tem luz vinda de fora. É toda ela gerada aqui mesmo e quem quer boa qualidade de luz tem que gerar a sua própria a da cidade cai muito e diversas vezes fica fora por até 4 a 5 horas. Os locais mais altos no pueblo muitas vezes não tem agua. É clima desertico numa cidade no meio do deserto mesmo, mas como diz o Nelinho: o fogo aventureiro que nos queima por dentro é que nos traz pra esses lugares!
A van nos deixou na Rua Caracoles. É o buchicho do local. A rua é de pedestres (peatonal como eles chamam aqui), nao entram veiculos.
Caminhamos entrando nas lojinhas, o Mario atrás de adesivos (ele chama de adesibos no seu portunhol - na verdade são colgantes) e o Luciano atrás de uma escova pra lavar suas calças que ele teve que deixar fora do quarto estes dias, ninguem aguenta o cheiro. Ele sua muito e o cheiro do suor seca na roupa e realmente fica com um cheiro estranho...
Acho que o Mario entrou em todas as lojinhas do volarejo, de loja de bugingangas a mercearias.
Ninguem tinha o tal "adesibo" que ele queria: a bandeira do Chile ou um adesivo com "San Pedro de Atacama" pra colar nas malas.
Visitamos a pracinha central da cidadela e a igreja onde tem registros de uma missa rezada nela em 1557 para um cacique e sua tribo.
A prefeitura está de frente à igrejinha.
E assim acaba o pueblo.
O Nelinho já pede vinho. Vamos comer.
Sentamos no Adobe para jantar.
Um restaurante como todos aqui, aqui não há bares, é proibido a venda de bebidas alcoolicas sem comida. Só se pode beber se comer. Não há venda em mercearias nem mercados. Só em restaurantes, sentado comendo.
Eles foram sentar e parti para comprar uns suveniers pra levar, algo que me lembrasse daqui.
Voltei ao restaurante e pedimos comidas tipicas. Come-se muito bem aqui.
Os vinhos são muito baratos - pagamos US$ 40,00 numa garrafa de um Gran Reserva 2001 que estava muito bom - e nos aqueciamos na fogueira, aqui todos os restaurantes decentes tem uma fogueira no meio. É uma tradição. No inverno deve fazer muito frio a noite. No verão a temperatura a noite cai pra uns 15º centigrados.
No restaurante descobrimos que aqui tudo fecha a uma da manhã.
A mesma lei que proibe de vender bebida. Lei municipal. O problema é em San Pedro, não no Chile.
Então fomos informados de que haveria uma festa clandestina nos arredores da cidade. no meio do deserto, com trasfer e tudo. A policia faz vista grossa e as festas rolam toda a madrugada. Logo nos animamos a participar desse ritual local...afinal, quem não gosta de fazer algo proibido de vez em quando?
Ficamos no restaurante comendo...o local é uma atração...
Enquanto estavamos por ali entraram: uma múmia, um andarilho fazendo malabarismo com bolas de vidro que em dado momento tinha 8 bolas nas mãos e uma na cabeça.
Acho que toda a cidade passou por ali, tal a quantidade de gente que entrava e saia.
Perguntando aos atendentes descobrimos que ali era um ponto de organização das tais festas clandestinas e por isso todos vinham pra perguntar onde seria a festa de hoje.
As festas acontecem quase que diariamente. Outra tradição local.
Depois do jantar o Nelinho pediu um Te de Coca (um chá de folhas de coca) pra aquecer pra festa.
Ainda eram 21:40hs.
Já tinhamos jantado e estavamos por ali desde as 20hs.
Começavamos a ficar com sono.
Perguntamos que horas começa a festa e os transfers pra festa: uma da manhã.
Abortamos a tradição local e partimos para o hotel pra dormir.
Afinal amanhã temos um dia de 1070km e precisamos estar descançados.
Prometemos que da próxima vez que viermos vamos às festas pra contar pra vocês como são, mas desta vez vamos dormir.
Caminhamos pela Caracoles até o ponto do transfer.
Esperamos uns minutos e decidi ir caminhando.
Todos ficaram rindo de mim, mas achei a ideia ótima.
Parti sozinho... pouca luz... podia ver as estrelas como nunca vi.
A noite aqui é linda. Aqui não chove. No ultimo ano que choveu deu 3,5mm de chuva. Isso no Rio chove por minuto. Tem anos que já não chove aqui. A agua deles vem das montanhas a caminho do mar e passa por aqui.
Caminhei uns 10 minutos e lá vem os 3 na van, rindo de mim...
Eu estava num ponto da estradinha de terra, sem luz alguma, um breu de dar medo...e nem sequer estava perto do hotel.
Subi na van e fomos pro lobby.
Tomamos mais uma coca-cola antes de dormir e pedimos para nos acordar as 7 da manhã.
A partida é as 8 pra Copiapó via Antofagasta.
Precisamos sair no horário, o dia é curto pra essa viagem. Já vamos chegar em Copiapó a noitinha.
Então vou dormir. Nos falamos amanhã com mais historias para contar.
Detalhes:
1. Prestem atenção no novo visual do Mario, agora parace um mexicano!
2. Ainda não encontramos as indias.
oi melhor ex-marido.
ResponderExcluirEstou adorando as aventuras.
Dê os parabéns a quem escreve, a narrativa é ótima.
Se cuide e vê se relaxa um pouco, não fique tão preocupado com manchas e afins em suas roupas e moto, ok!
Ah! Catarina deu gargalhadas com as histórias.
Fique com Deus,
Bjs Isabel, Catarina, André e Valentina
Oi,pai tudo bem ahhhhhh é eu adorei as historias e dê parabens ao Roberto pois a narrativa é otima adorei quando vcs deram o apelido do Luciano de sem-teto. Muito criativo.
ResponderExcluirNão fique com frescura de ficar catando os bichinhos que grudam em sua roupa a cada parada,
vc mesmo falou que não iria ficar com estas frescurinhas. Quero ver o seu cabelo novo ok?
Me liga quando vc puder ta? Bijos Catarina.
Amigos,
ResponderExcluirParabéns a voces, estou babando com essa aventura. Se Deus quiser estarei ai em Abril.
PS: E as motos, tudo ok? Algum problema?
Abs e boa sorte.
Pai, me liga eu tento te ligar mas não consigo.
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