Hoje acordamos e o Nelinho apareceu cedo pra ajudar o Luciano com o envio das "malas" de volta pro Brasil.
O Luciano saiu cedo com as malas.
Chegando no correio descobriu que só poderia mandar 2 kilos.
Desistiu e voltou.
Quando ele entrou no hotel e o Nelinho viu que ele nao havia mandado nada ele perguntou o que houve.
Dai o Luciano feliz explicou que so poderia mandar 2 kilos.
Nelinho perguntou: dois kilos por caixa ou por pessoa?
Ai ele disse: por caixa.
Nelinho começou a gritar: então volta lá e faz 20 caixas, mas manda essa porra....
O Luciano saiu triste e voltou ao correio.
Passadas duas horas o Luciano nao voltava...
Ficamos preocupados.
Quando ele chegou perguntamos o que houve para tanta demora e ele disse:
Fiquei impressionado com a solidariedade do povo de Cafayate.
Eles montaram uma verdadeira linha de produção e empacotamento de roupas.
A logistica do envio:
O Corrreio nao tinha caixas.
Dai ele saiu e foi a papelaria.
Na papelaria nao havia caixas suficientes.
Então ele abria a mala e tirando as roupas passava a roupa para a mulher do dono da papelaria que por sua vez corria ate a quitanda da esquina pra pesar a roupa que nao poderia passar de 2 kl.
Quando ela conseguia o peso certo ela voltava e passava a caixa para o marido dela fechar com fita adesiva.
Dai ele devolvia ao Luciano que escrevia os endereços para o envio.
Até que se acabaram as caixas.
Daí ele foi até a farmacia arranjar mais caixas.
O farmaceutico informou que tinha acabado de jogar as caixas fora.
O funcionario da farmacia correu e pegou as caixas de volta do lixo.
O Luciano voltou à papelaria e com a mesma logistica terminou o serviço.
No final foram 11 caixas de roupas, ou seja, 22 kilos de inutilidades.
De volta ao hotel estavamos todos prontos.
O Luciano estava agora com a identidade impressa e plastificada.
Agora está igual à sua original.
Vamos ver o que acontece na fronteira do Chile amanhã.
Aguardem novidades.
Nesse meio tempo eu estava no hotel checando nosso roteiro do dia quando conseguimos o telefone da Gendarmeria (a policia local) no Paso de Sico onde passariamos que é todo em ripio e terra pra confirmar se estava transitavel. Qual nao foi nossa surpresa quando o guarda afirmou que estava tudo bem no Paso, mas que a estrada que pegariamos para chegar até lá nao existia.
Estava debaixo d'agua. Chovera muito nos ultimos dias e formam-se rios em trechos normalmente transitaveis, com isso a estrada fecha.
Tivemos que mudar o roteiro a muito contra-gosto.
Trocamos nossa passagem para o Paso de Jama, que é em asfalto.
Não é o que queriamos, mas nesse momento é o que dá pra fazer. Afinal não podemos ficar aqui esperando que não chova pra passamos ao Atacama.
Com isso nossa parada de almoço passou para Salta e nosso pernoite para Purmamarca em um hotel spa.
Saimos as 13hs.
Sao apenas 400 km hoje.
Logo assim que saimos rodamos uns 50 km por um deserto e ventava muito.
O vento sacudia as motos. Muito.
Tivemos que reduzir a velocidade para proximo dos 60 por hora em alguns trechos que mal dava para continuar.
A areia pegava nas motos e lavava com um barulho preocupante.
Até que, apos uma curva, abriu-se uma vista impressionante.
Imediatamente o Mario sinalizou para pararmos para uma foto.
Ao parar o Mario escorregou o pé e deixou a moto deitar para a direita.
Eu estava entrando para parar ao lado dele e quase fui junto.
Ele gritava: sai...e eu respondia...calma que eu vou cair....perai...
Consegui andar pra trás e ele saiu da moto e queria levantar ela sozinho.
Ledo engano...a moto nem se mexeu.
Com todo aquele peso é impossivel uma pessoa sozinha levantar a moto.
Descemos todos das motos e o ajudamos a por a moto de pé.
Ele passou os 5 minutos seguintes examinando a moto...
Por sorte nada aconteceu...exceto uns adesivos arranhados que ele havia colocado propositalmente pra proteger a moto. O coxinha estava adivinhando.
Continuamos...
Nesse ponto estavamos rodando num deserto, a uns 35, 40º.
Dai para baixo a temperatura só diminuiu.
O tempo fechou e começou a chover...o Mario gritava no radio: porra, tá frio!!!
Nao consigo fechar as entradas de ar do casaco e a agua começava a escorrer pela barriga gelando e fazendo ele entrar em desespero.
A temperatura caiu para 12 graus.
Começou uma névoa.
Chovia copiosamente.
O frio era de cortar....
Estavamos todos sem proteção pra chuva, afinal tinhamos saido do deserto...40º.
Paramos em Salta para comer e colocamos as roupas de chuva.
Continuamos para Purmamarca e subindo o frio só aumentava...
O frio chegou aos 9 graus, mas nesse momento já estavamos todos com roupas de frio e chuva.
Chegamos ao hotel as 19 hs e era dia.
O hotel é lindo!
Vale a visita. Indicamos a quem queira: Hotel La Comarca.
É um hotel SPA e o preço é super justo.
Nem bem largamos as malas partimos para a sauna.
Descobrimos uma piscina aquecida e ficamos de molho por mais de 30 minutos.
Descemos do SPA e fomos jantar.
A comida daqui é maravilhosa.
O Nelinho desceu na adega para escolher o vinho e trouxe uma garrafa de um vinho local safra 2001 maravilhoso.
Comemos, bebemos e vimos dormir.
Amanha chegamos ao nosso objetivo principal: Deserto de Atacama.
Dai pra frente é a volta pelo outro lado. Voltaremos por Mendoza.
Aguardem novidades.
Será que o sem-teto passa na alfandega chilena?
Amanha saberemos.
Até lá.
O Luciano saiu cedo com as malas.
Chegando no correio descobriu que só poderia mandar 2 kilos.
Desistiu e voltou.
Quando ele entrou no hotel e o Nelinho viu que ele nao havia mandado nada ele perguntou o que houve.
Dai o Luciano feliz explicou que so poderia mandar 2 kilos.
Nelinho perguntou: dois kilos por caixa ou por pessoa?
Ai ele disse: por caixa.
Nelinho começou a gritar: então volta lá e faz 20 caixas, mas manda essa porra....
O Luciano saiu triste e voltou ao correio.
Passadas duas horas o Luciano nao voltava...
Ficamos preocupados.
Quando ele chegou perguntamos o que houve para tanta demora e ele disse:
Fiquei impressionado com a solidariedade do povo de Cafayate.
Eles montaram uma verdadeira linha de produção e empacotamento de roupas.
A logistica do envio:
O Corrreio nao tinha caixas.
Dai ele saiu e foi a papelaria.
Na papelaria nao havia caixas suficientes.
Então ele abria a mala e tirando as roupas passava a roupa para a mulher do dono da papelaria que por sua vez corria ate a quitanda da esquina pra pesar a roupa que nao poderia passar de 2 kl.
Quando ela conseguia o peso certo ela voltava e passava a caixa para o marido dela fechar com fita adesiva.
Dai ele devolvia ao Luciano que escrevia os endereços para o envio.
Até que se acabaram as caixas.
Daí ele foi até a farmacia arranjar mais caixas.
O farmaceutico informou que tinha acabado de jogar as caixas fora.
O funcionario da farmacia correu e pegou as caixas de volta do lixo.
O Luciano voltou à papelaria e com a mesma logistica terminou o serviço.
No final foram 11 caixas de roupas, ou seja, 22 kilos de inutilidades.
De volta ao hotel estavamos todos prontos.
O Luciano estava agora com a identidade impressa e plastificada.
Agora está igual à sua original.
Vamos ver o que acontece na fronteira do Chile amanhã.
Aguardem novidades.
Nesse meio tempo eu estava no hotel checando nosso roteiro do dia quando conseguimos o telefone da Gendarmeria (a policia local) no Paso de Sico onde passariamos que é todo em ripio e terra pra confirmar se estava transitavel. Qual nao foi nossa surpresa quando o guarda afirmou que estava tudo bem no Paso, mas que a estrada que pegariamos para chegar até lá nao existia.
Estava debaixo d'agua. Chovera muito nos ultimos dias e formam-se rios em trechos normalmente transitaveis, com isso a estrada fecha.
Tivemos que mudar o roteiro a muito contra-gosto.
Trocamos nossa passagem para o Paso de Jama, que é em asfalto.
Não é o que queriamos, mas nesse momento é o que dá pra fazer. Afinal não podemos ficar aqui esperando que não chova pra passamos ao Atacama.
Com isso nossa parada de almoço passou para Salta e nosso pernoite para Purmamarca em um hotel spa.
Saimos as 13hs.
Sao apenas 400 km hoje.
Logo assim que saimos rodamos uns 50 km por um deserto e ventava muito.
O vento sacudia as motos. Muito.
Tivemos que reduzir a velocidade para proximo dos 60 por hora em alguns trechos que mal dava para continuar.
A areia pegava nas motos e lavava com um barulho preocupante.
Até que, apos uma curva, abriu-se uma vista impressionante.
Imediatamente o Mario sinalizou para pararmos para uma foto.
Ao parar o Mario escorregou o pé e deixou a moto deitar para a direita.
Eu estava entrando para parar ao lado dele e quase fui junto.
Ele gritava: sai...e eu respondia...calma que eu vou cair....perai...
Consegui andar pra trás e ele saiu da moto e queria levantar ela sozinho.
Ledo engano...a moto nem se mexeu.
Com todo aquele peso é impossivel uma pessoa sozinha levantar a moto.
Descemos todos das motos e o ajudamos a por a moto de pé.
Ele passou os 5 minutos seguintes examinando a moto...
Por sorte nada aconteceu...exceto uns adesivos arranhados que ele havia colocado propositalmente pra proteger a moto. O coxinha estava adivinhando.
Continuamos...
Nesse ponto estavamos rodando num deserto, a uns 35, 40º.
Dai para baixo a temperatura só diminuiu.
O tempo fechou e começou a chover...o Mario gritava no radio: porra, tá frio!!!
Nao consigo fechar as entradas de ar do casaco e a agua começava a escorrer pela barriga gelando e fazendo ele entrar em desespero.
A temperatura caiu para 12 graus.
Começou uma névoa.
Chovia copiosamente.
O frio era de cortar....
Estavamos todos sem proteção pra chuva, afinal tinhamos saido do deserto...40º.
Paramos em Salta para comer e colocamos as roupas de chuva.
Continuamos para Purmamarca e subindo o frio só aumentava...
O frio chegou aos 9 graus, mas nesse momento já estavamos todos com roupas de frio e chuva.
Chegamos ao hotel as 19 hs e era dia.
O hotel é lindo!
Vale a visita. Indicamos a quem queira: Hotel La Comarca.
É um hotel SPA e o preço é super justo.
Nem bem largamos as malas partimos para a sauna.
Descobrimos uma piscina aquecida e ficamos de molho por mais de 30 minutos.
Descemos do SPA e fomos jantar.
A comida daqui é maravilhosa.
O Nelinho desceu na adega para escolher o vinho e trouxe uma garrafa de um vinho local safra 2001 maravilhoso.
Comemos, bebemos e vimos dormir.
Amanha chegamos ao nosso objetivo principal: Deserto de Atacama.
Dai pra frente é a volta pelo outro lado. Voltaremos por Mendoza.
Aguardem novidades.
Será que o sem-teto passa na alfandega chilena?
Amanha saberemos.
Até lá.
Parabéns para todos, estou adorando acompanhar a viagem, que inclusive é a mais fashion que eu já vi, todos de BMW dos pés até a cabeça. Aguardo mais notícias. Sucesso e boa viagem. Mário Barreto
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